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Uma prosa filosófica

Rainer maria rilke

O problema sou eu!

Sentimentos obsoletos invadem a minha mente, roem devassamente o meu coração e, com uma flecha pontiaguda ferem milhares de convicções construídas desde a minha concepção até a dita idade de ouro, a juventude.      
Mesmo sem autoridade violo autoritariamente as fronteiras da razão, para como louco gritar em protesto contra mim mesmo denunciando todas cordas amedrontadoras que, prendem-me na supérflua dogmatização do eu-perfectível, constituindo assim, o dorso espinhal da barreira impetuosa de eu à Deus, que deflagra a minha infinitude em nostálgicos fragmentos que decadentemente prefiguram a minha infeliz finitude.

O colonialismo Espiritual

Despojaram as minhas crenças, apregoaram na minha mente seres incognoscíveis. Divindades mórbidas que renovam-se em cada ciclo histórico, chamaram-lhes deuses, seres ideais metamorfoseadas no cosmo e nos componentes da natureza.

Não escravizam o meu corpo, escravizam meus pensamentos, alienam a minha mente imbuem a minha felicidade a tenra dependência da satisfação aos espíritos. Espíritos de homens outrora vivos mas que já repousam, porém hoje para nós transladaram á deuses.

Minhas falhas não são mais pecados, porque o pecado aspira a perdão, são erros que merecem punição.

Até quando o meu espírito continuará cativo, dominado e escravizado pelas convicções tradicionais do passado. Choro, mas não lágrimas, nem sangue. Choro o espírito que desventurado na crença me fixada, rouba-me a sanidade e a voz de um dia clamar por liberdade.  


Confissões: a dor do interior


Dói quando os outros não conseguem entender-te. Dói quando você se esforça e os outros ridicularizam o seu esforço. Não escolhemos o que somos, mas ainda para alguns, somos culpados por aquilo que não somos. Não temos a perfeição, porém os outros querem que sejamos perfeitos, ninguém admite que falhemos e, por isso usam as nossas falhas para desgraçar-nos. Nossa maior luta tornou-se superar o preconceito e a depressão social. Já não buscamos mais a sobrevivência, procuramos a maneira mais fácil e menos dolorosa de sair do espectáculo da vida. A nossa debilidade ética priva-nos a liberdade, estamos a caminho do apocalipse, mas parece que alguns de nós chegaram antecipadamente, e a questão é, porquê o outro tornou-se o caos das nossas vidas, o devastador dos nossos sonhos, o causador da nossa dor? Estamos a cruzar tempos impossíveis, tempos de flagelo e grande furor. Construímos o inimigo a partir do que vemos e ouvimos, assassinamos o bem e domamos o inimigo sob nossa própria sombra porque, agora o homem é que é o inimigo do homem.  

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