A palavra tentação provém do latim “tentation”, deriva de “temptare”
que significa sentir, testar, tentar influenciar. Pressupõe uma guerra
psicológica, está directamente ligada a um ataque psíquico.
Segundo o Dicionário Teológico, é o estímulo que pode levar
a prática do pecado.
É o ambíguo desejo que brota no homem, quando em contacto
com inibições que lhe foram imputadas oscila entre duas decisões [o sim e o
não] das quais optando por meio da resistência pela afirmativa é aprovado e
pela negativa reprovado.
A tentação está ligada ao mal e é obra do diabo para
destruir os que não coabitam com as suas astúcias maníacas mas, pode ser boa e
tornar-se metaforicamente em felicidade, mas isso só e somente se com uma forte
resistência não deixamo-la vencer-nos.
Deus não tenta, mas prova, conforme pode se observar na I
carta de são Paulo aos coríntios: “Não
vos sobreveio nenhuma tentação, senão humana: mas fiel é Deus, o qual não
deixará que sejais tentados acima do que podeis resistir, antes com tentação,
dará também o meio de saída, para que possais suportar.” (I Co. 10.13)
No entanto é deveras importante perceber que a tentação é um mal. Portanto Deus
não planta maldade no homem, mas na sua magnífica soberania transforma o mal
para dele derivar o bem. A tentação é resultado do desejo, da cobiça.
O resultado da tentação de Jesus foi a fome, uma necessidade
fisiológica, que segundo Maslow está ligada intimamente a sobrevivência do ser
humano. Este desejo da carne, podia ser uma brecha para arrastar Jesus ao
pecado mas, uma vez que conhecia perfeitamente a lei e postulava um verdadeiro
homem de Deus, optou pela afirmativa ignorando completamente o viés do maligno.
É importante sublinhar o quão entrelaçados estão os
conceitos: desejo; pecado e tentação. O desejo alicia-nos a pecar, e a tentação
é o momento no qual ocorre a aliciação ao pecado, momento que se apanhados
desprovidos da fé ou seja, sem devidas condições para resistir caímos no
pecado. Contudo se fortalecidos pela palavra de Deus ao contrário, resistimos
bravamente a este momento de tamanha dor e, logramo-nos assim vencedores da
batalha e no entanto provados diante do Senhor.
A tentação é própria do homem, é nisso que Deus adverte que,
fortalece os seus em tentação e portanto, intercede, na vida deles, por meio
espírito santo para que não caiam porém vençam.
De igual modo como cristão, todo homem tem desejo, por isso
independente da condição todos somos tentados. A única diferença saliente está
na forma como encaramos, decerto que o cristão que não vive verdadeiramente
Cristo, sendo totalmente sóbrio e perspicaz na interpretação da realidade,
entende e recebe os desafios da tentação como incidentes colocados pelo maligno
para impedir a sua boa caminhada ao longo da jornada cristã. Quando Cristo é a
pedra angular da nossa vida a tentação é com mais e total facilidade vencida, e
mais que apenas vencida torna-se mais uma memória que testemunha a nossa fé.
A resistência é o conceito chave de um homem sobre tentação.
Poder resistir a tentação é para Deus uma excelente prova de lealdade à Ele e a
sua lei. A possível questão que agora se coloca seria como resistir? Jesus
responde claramente ao dizer: “Vigiai e orai para que não caiais
em tentação”. (Mateus
26.41)
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